Hemograma Completo: Descubra por que esse é o exame de sangue mais solicitado nos laboratórios

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SIGLAS EXAMES LABORATORIAIS SIGNIFICADOS

A introdução do exame de sangue denominado hemograma completo na prática médica ocorreu em 1925 por meio de critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V. Schilling. Entre todos os exames de sangue laboratoriais atualmente solicitados por médicos de todas as especialidades, o hemograma é o campeão. Por essa razão possui grande importância no conjunto de dados que devem ser considerados para o diagnóstico médico, não se admitindo erros ou conclusões duvidosas.

Hemograma Completo: Definição

Ele pode ser definido como: conjunto de avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de patologias.

 

O que é Hemograma Completo?

Primeira coisa…O termo hemograma completo é completamente redundante. Simplesmente porque não existe hemograma incompleto. Pois quando solicitado é para avaliar os três componentes: Células vermelhas (hemácias), Células brancas (Leucócitos) e as plaquetas, solicita-se Hemograma. Se quisesse saber como estão as hemácias, pediria um eritrograma. No caso dos leucócitos, leucograma. E, no das plaquetas, um plaquetograma. Mas como a grande maioria dos laboratórios ainda usa, nós vamos usar hemograma completo neste texto.

automação de hemograma exame de sangue

Hemograma Completo: Automatizado x Manual

A avaliação quantitativa é totalmente automatizada, feita em contadores eletrônicos, com software que é sempre atualizado. Os glóbulos são contados e medidos um a um, a hemoglobina dosada por colorimetria, tudo com inacreditável exatidão.  Mas mesmo com toda a precisão que uma máquina pode ter, a avaliação qualitativa – identificação dos subtipos celulares e das anormalidades morfológicas relevantes, especialmente da série vermelha – ainda não chega à perfeição da tecnologia numérica, embora o software permita identificação computadorizada da morfologia microscópica dos leucócitos por comparação com um banco de dados, o olho humano ao microscópio, que criou a Hematologia e a acompanha desde o fim do século XIX, persiste necessário.

hemograma exame de sangue microscópio

Sequência do Hemograma Completo

Começar o hemograma pelos valores de referências numéricos do eritrograma  e colocar logo a seguir os demais dados pertinentes as células sanguíneas é o padrão adotado pelos laboratórios. As alterações nas células sanguíneas encontradas durante a leitura do hemograma devem ser colocadas no comentário abaixo dos resultados. Logo na sequência devem ser apresentados os dados relacionados a leitura dos  leucócitos, assim como os seus cometários. Encerrando vem a contagem de plaquetas, atualmente parte integrante e indissociável do hemograma completo. O volume plaquetário médio (VPM) e outros dados sobre plaquetas são incluídos por um número restrito de laboratórios, justificando-se nestes o termo plaquetograma para o conjunto.

hemograma completo valores de referencia

Hemograma Completo: Valores de Referência, Termos e Interpretação

Eritrograma – Série Vermelha

 Quando usado o termo:

– Anemia no hemograma completo significa que a Hemácia teve uma diminuição da sua massa. contração da massa eritrocitária.

 – Policitemia significa que a hemácia teve um aumento da sua massa.

 – Contagem de eritrócitos: ao analisar os valores lembrar que o CV é de 5% (isto é, em contagem de 5 milhões, 95% dos casos estarão entre 4,5 e 5,5).

Eritrocitose significa aumento da contagem de eritrócitos.

– Hemoglobina (Hb): os valores exatos dependem da sensibilidade dos hemoglobinômetros.

Hematócrito (Ht): o microhematócrito retém plasma (1 a 4%), o que interfere nos índices; nos contadores é calculado pelo número x volume, sendo sempre 1 ou 2 pontos abaixo da medida por centrifugação. Excesso de EDTA desidrata os eritrócitos, o que reduz o Ht (assim como a má limpeza das cubetas)

A dosagem do Ht/Hb da amostra reflete os valores da massa de eritrócitos e de hemoglobina total, exceto nas condições em que há alterações do volume plasmático ou volemia total.  Normalmente há correlação entre a massa de eritrócitos da amostra e a total. O aumento do volume plasmático pode ser encontrado na gravidez, insuficência renal, baço grande, uso excessivo de líquidos endovenosos. A diminuição do volume plasmático no uso de diuréticos, na desidratação, na obesidade, no estresse e em queimaduras. Diminuição harmônica da volemia ocorre em hemorragia no início e prematuridade. Aumento harmônico da volemia ocorre na transfusão de sangue total.

 

Índices Hematimétricos

VCM – Volume Corpuscular Médio

Caracteriza o tamanho das hemácias e o tipo da anemia se tiver

Normal – Normocítica  80-98 fl (femtolitros)

Macrocítica > 98 fl,

Microcítica < 80 fl

 

HCM – Hemoglobina Corpuscular Média

Se refere a quantidade de hemoglobina dentro das hemácias Determinação usual: Hb x 10/eritrócitos.

Normal- Valor de referência: 27 a 32 pg (picogramas).

HCM elevado encontrado em casos de macrocitose e reduzido em casos de hipocromia.

 

CHCM – Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média

Em peso/volume – pg/fl ou %. Determinação usual: Hb/Ht, 31 a 35%. Valores acima de 36% não podem ocorrer, exceto na esferocitose, por perda de porções de membrana e desidratação do eritrócito. Com a tecnologia usual é o melhor índice de hipocromia, pois não depende da contagem de eritrócitos.

 

RDW – Red Cell Distribution Width

O que em português significa Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, e que avalia a anisocitose, ou seja a variação de tamanho entre as hemácias.

O valor de referência para o RDW no hemograma completo é de 11 a 14% 

automação de hemograma

Termos usados para descrição das células sanguíneas

Alteração de tamanho das células sanguíneas

Microcitose

 É o termo usado quando se encontram os eritrócitos de tamanho menor do que o normal.

Micrócitos são células com diâmetro abaixo de 7 μm.

 Para facilitar a identificação dos micrócitos pode-se comparar o diâmetro do eritrócito com o núcleo do linfócito pequeno.  As células microcíticas são encontradas nas anemias ferroprivas, as talassemias e as anemias sideroblásticas. microcitose hemograma exame de sangue

Macrocitose

Termo usado quando se encontram no esfregaço sanguíneo eritrócitos de tamanho acima dos limites normais.

O volume corpuscular médio varia de 80-99 fl (femto litro, ou seja, 80-99×10-15 litro); quando o VCM excede 100 fl dizemos que há macrocitose.

Os macrócitos podem ser arredondados ou ovais (macro-ovalócitos) com significados clínicos diferentes.

A presença de macrocitose pode ser decorrente de reticulocitose, uma vez que os reticulócitos são maiores que as hemácias maduras. A contagem de reticulócitos pode, portanto, auxiliar na abordagem diagnóstica desses casos porque, quando elevada, sugere hemólise ou sangramento recente. Se não estiver elevada, a macrocitose pode decorrer de deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, predominando nesses casos os macro-ovalócitos.

macrocitose hemograma exame de sangue 

Anisocitose

Presença de macro e microcitose ao mesmo tempo, sem predominância; 

  

População Dupla

Presença concomitante de eritrócitos normais e anormais, por ex., anemias hipocrômicas tratadas por transfusão, ou nas primeiras semanas de tratamento com ferro.

 

Alterações de Coloração

Policromasia

 É o termo utilizado para descrever a coloração róseo-azulada dos eritrócitos imaturos, particularmente os reticulócitos jovens. Essas células, devido à presença de RNA ribossômico e hemoglobina, absorvem simultaneamente corantes básicos e eosina. Elas são liberadas durante estímulo medular quando os altos níveis de eritropoietina levam à liberação de reticulócitos imaturos para a corrente sanguínea.

 

Hipocromia

O termo hipocromia refere-se à presença de eritrócitos com coloração mais pálida que o normal. Quando existe redução do conteúdo de hemoglobina a área de palidez central aumenta.

Quando há redução da síntese de heme ou de cadeias globínicas existe diminuição na produção de hemoglobina e a hemácia torna-se hipocrômica. A causa mais comum de redução da síntese de heme é a deficiência de ferro.

 

Alterações na Forma

Esferocitose

Esferócitos são eritrócitos de forma esférica porque perderam porções de membrana. Como conservam o mesmo conteúdo com continente menor, como resultado, perdem a característica palidez central, e no esfregaço parecem ser células de menor diâmetro e mais intensamente coradas. Isso ocorre na esferocitose hereditária, onde existe um defeito no citoesqueleto da membrana eritrocitária, mas pode ocorrer também em condições adquiridas como nas anemias imuno-hemolíticas, nas quais porções de membrana com anticorpos ou complemento ligados a elas são removidas pelos macrófagos ou devido à ação de toxinas bacterianas.

 

Eliptócitos ou ovalócitos

podem aparecer em várias condições hereditárias e adquiridas. Quando muito numerosos, geralmente são decorrentes de eliptocitose hereditária, uma doença causada por uma alteração hereditária da membrana do glóbulo vermelho7

 

Estomatócitos

Os estomatócitos são células que apresentam uma fenda semelhante a uma boca na região central da célula. Podem ocorrer de forma esporádica em indivíduos normais, e em numerosas situações clínicas, sendo as mais comuns o abuso de álcool e a hepatopatia alcoólica.

 

Hemácias em Alvo

As Hemácias em alvo ocorrem devido a distribuição anormal de hemoglobina, que resulta na formação de uma célula com uma mancha central de hemoglobina rodeada por uma área de palidez, chamada célula em alvo.

São formadas devido a um excesso de membrana em relação ao volume do citoplasma. Isso pode ocorrer quando existe excesso de lípides na membrana, como na icterícia obstrutiva e nas hepatopatias graves, ou quando existe redução do conteúdo citoplasmático sem redução da membrana como ocorre nas talassemias, na deficiência de ferro, e em algumas hemoglobinopatias.

 

Dacriócitos – Hemácias em Lágrima

As hemácias em forma de lágrima ou dacriócitos aparecem quando existe fibrose da medula óssea. Podem ocorrer, também, em algumas anemias hemolíticas e nas anemias megaloblásticas. É característica da mielofibrose tanto idiopática quanto secundária às infiltrações da medula óssea.

 dacriócito hemograma exame de sangue

Depranócitos – Hemácias Falcifomes

Aparecem nas doenças falciformes ou conhecida como anemia falciforme, quando ocorrem combinações de hemoglobinas anormais com a Hemoglobina S. A presença da Hemoglobina S tende a formar polímeros que se alinham em fibras paralelas, que forçam a membrana do eritrócito que adquire a forma de foice ou lua crescente, que é a característica dessas doenças.

foice - hemograma exame de sangue 

Outros tipos de alterações

Células espiculadas

Equinócitos ou hemácias crenadas (dez a trinta pequenas espículas regulares),

Acantócitos (duas a vinte espículas de comprimento e distribuição irregulares),

Queratócitos (geralmente um par de espículas, às vezes quatro ou seis),

Esquizócitos (fragmentos eritrocitários, muitos dos quais espiculados).

A causa mais comum de hemácias crenadas é o tempo de estocagem do sangue, mas pode ocorrer em pacientes urêmicos e em pacientes em estado crítico. Os acantócitos podem ser observados na abetalipoproteinemia, nas doenças hepáticas e pós-esplenectomia, e decorrem de alteração no conteúdo lipídico da membrana celular. Os queratócitos e esquizócitos são células fragmentadas por trauma na microvasculatura, decorrente de depósito de fibrina ou trauma mecânico na circulação por anormalidades do coração e grandes vasos. O exame do esfregaço de sangue é o método mais prático para detectar esquizócitos.

Eles são característicos das anemias hemolíticas microangiopáticas, mas podem ser encontrados em várias situações que incluem anemia megaloblástica, coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopênica trombótica, síndrome hemolítico-urêmica, carcinomas disseminados, eclâmpsia e pré-eclâmpsia, próteses valvares cardíacas e queimaduras graves.

 

Inclusões Eritrocitárias

As células vermelhas podem apresentar inclusões devido à presença de remanescentes de material nuclear ou de mitocôndrias ou à presença de micro-organismos no seu interior.

 

Corpúsculos de Howell-Jolly

Os corpúsculos de Howell-Jolly são remanescentes de material nuclear presentes no interior dos eritrócitos. Eles são pequenos, basofílicos e geralmente únicos. Normalmente são removidos pelo baço. Aparecem no sangue periférico após esplenectomia ou em situações de hipoesplenismo ou asplenia funcional (Não funcionamento do baço) por exemplo, nas doenças falciformes.

Corpusculos de How Jolly hemograma exame de sangue 

Pontilhado Basófilo

Pontilhado basófilo. Consiste de pequenas e numerosas inclusões contendo RNA disperso no citoplasma das células sanguíneas.

Podem aparecer como pontilhado fino em diferentes condições clínicas, que incluem anemias hemolíticas, megaloblásticas.

 

Anéis de Cabot

Os anéis de Cabot, são restos nucleares semelhantes a anéis azulados que podem ser observados nas anemias megaloblásticas, nas anemias hemolíticas e após esplenectomia.

 

Aglutinaçãoes, formação de Rouleax e Rosetas

Os eritrócitos, quando revestidos por anticorpos, podem aglutinar-se. Aglutinação maciça pode ocorrer nas anemias hemolíticas autoimunes causadas por anticorpos frios devido à presença das crioaglutininas. Nesses casos, os índices hematimétricos determinados pelos contadores eletrônicos dão resultados falsamente alterados como Volume Corpuscular Médio (VCM) e Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) falsamente elevados, porque os glóbulos aglutinados são medidos como uma única célula.

Quando há aumento de proteínas plasmáticas de alto peso molecular as hemácias podem se empilhar, como se fossem pilhas de moedas. Esse fenômeno é chamado de rouleaux, termo francês traduzido por “cilindros” ou “rolos”.

Outro fenômeno, este muito raro, é a presença de rosetas em torno de neutrófilos encontrado em algumas anemias hemolíticas provavelmente de etiologia imunológica

 

Leucograma

O leucograma faz parte do hemograma completo e representa a avaliação da série leucocitária ou células brancas do sangue.

Os parâmetros que constituem o leucograma são:

  • contagem total de leucócitos ou leucometria total, expressa em milhares/L de sangue
  • contagem diferencial, expressa em percentual e em número absoluto (também em milhares/ L de sangue) de cada tipo de leucócito.

O leucograma é uma importante ferramenta de investigação utilizada, principalmente, na avaliação de infecções, processos inflamatórios, Tóxicos e neoplásicos.

Os valores de referência para leucócitos totais e para os diferentes tipos leucocitários variam com a idade. Crianças costumam apresentar contagens globais mais altas, com porcentagens relativas de linfócitos superiores às dos adultos, diferença esta que tende a desaparecer após a puberdade. número global de leucócitos é alto no recém-nascido, e começa a cair ano fim de 2 ou 3 dias.

valores de referencia hemograma completo criança

Leucopenia

Definida pela contagem de leucócitos abaixo de 4 000 por mm3.

 

Leucocitose

aumento global de leucócitos – verifica-se: Na maior parte dos casos de infecções bacterianas, agudas e crônicas e supuradas

 corresponde à contagem acima de 10 000 leucócitos por mm3.

 

Neutrofilia

O aumento de neutrófilos também conhecidos como segmentados e ocorre principalmente , série de problemas, como infecções, diabetes, uremia, eclâmpsia, desordens inflamatórias, necrose hepática, leucemia mieloide crônica, anemia hemolítica, hemorragia, policitemia, gestação, queimaduras, desfibrilação atrial e câncer.

 

Neutropenia

Diminuição de neutrofilos na corrente sanguínea

O limite inferior normal de neutrófilos (leucócitos totais × porcentagem de neutrófilos e bandas) nos brancos é de 1.500/μl e ainda mais baixo nos negros (cerca de 1.200/μl).

A gravidade da neutropenia se correlaciona ao risco relativo de infecção:

  • Leve (1.000 a 1.500/μl)
  • Moderada (500 a 1.000/μl)
  • Grave (menos de 500/μl)

 

Desvio à esquerda

Corresponde ao aparecimento, no sangue periférico, de precursores granulocíticos, que normalmente se localizam na medula óssea.

Estes precursores incluem os bastonetes, os mielócitos e os metamielócitos. O desvio à esquerda ocorre em resposta aos processos infecciosos bacterianos ou na leucemia mielóide crônica nos primeiros existe um desvio escalonado por todos os precursores.

Na avaliação dos resultados devem-se considerar os valores de referência para idade, sexo e etnia, bem como as condições de coleta do sangue. Situações de estresse, gravidez, exercício físico, alimentação e uso de corticóides podem aumentar a leucometria, mais especificamente o número de neutrófilos circulantes.

 

Linfocitose

Aumento no número total de linfócitos no sangue.

Muitas infecções virais (mononucleose infecciosa, citomegalovírus, varicela, hepatites, adenovírus, sarampo, parotidite epidêmica) e doenças como a tuberculose, toxoplasmose e brucelose podem apresentar linfocitose.

A linfocitose com presença concomitante de anemia, quadro purpúrico, plaquetopenia e (ou) dores ósseas deve levantar a suspeita clínica de leucemia linfoblástica aguda.

 

Linfopenia

Diminuição no valor total de linfócitos no sangue

Está geralmente associada a:

– imunodeficiências – HIV,

Doenças autoimunes (Lúpus, Artrite reumatoide)

– Tratamento com quimioterápicos

– Radioterapia

 

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Referências

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442012000400004

https://www.medicinenet.com/complete_blood_count/article.htm

https://www.webmd.com/a-to-z-guides/complete-blood-count

 

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