Se você deseja saber o que é Biotecnologia, não deixe de ler este importante artigo!
Você sempre quis saber o que é Biotecnologia e suas áreas de atuação, não é mesmo? Então leia este artigo até o final e tire todas as suas dúvidas sobre essa incrível área de atuação!
O que é Biotecnologia?
Biotecnologia pode ser considerada como o conjunto de processos tecnológicos que possibilitam a utilização de sistemas biológicos. Estes podem envolver o uso de micro-organismos manipulados geneticamente.
A Biotecnologia é uma ciência que engloba muitas outras áreas do conhecimento, desde genética e microbiologia até nanotecnologia, por exemplo. Ela é derivada de principalmente três grandes áreas: A Biologia, a Engenharia e a Química. Essa associação permite que profissionais de Biotecnologia possam ter em mãos técnicas de manipulação genética em nível nanométrico.
Trata-se de uma área que está sempre inovando. Ela utiliza as mais modernas tecnologias disponíveis para pesquisa, tratamento e diagnóstico de doenças e disfunções humanas. Principalmente aquelas relacionadas às doenças mais agressivas, como o câncer.
Figura. Diagrama mostrando a associação de diversas áreas para formar a Biotecnologia.
Início da Biotecnologia Como Ciência
O início desta ciência ocorreu de maneira natural e muito próxima aos conceitos culinários do ser humano. Há muito tempo que o homem utiliza a biotecnologia para produção de alimentos e bebidas, como pães e vinhos. Milhares de anos antes de Cristo, o homem já manipulava micro-organismos para a produção destes alimentos.
Mas a Biotecnologia como ciência propriamente dita ocorreu após 1665, com a descoberta das células, por Robert Hooke. Ele realizou tal descoberta ao analisar um pedaço de cortiça com um microscópio rudimentar e conseguiu visualizar as células vegetais. Como não sabia do que se tratava, chamou cada unidade observada de célula. Aproximadamente dez anos mais tarde, Anton Van Leeuwenhoek, construiu um microscópio. Este possuía maior poder de aumento e foi possível observar, pela primeira vez, os micro-organismos.
Biotecnologia x Genética
Aproximadamente 170 anos após esses eventos, Mathias Schleiden e Theodor Schwann lançaram a teoria de que todos os organismos vivos são formados por células. Passamos assim, a compreender melhor a formação dos tecidos. Esta teoria incentivou muitas pesquisas na área, incluindo a genética. Essa nem mesmo existia como ciência ainda, mas questões como hereditariedade já eram discutidas.
Foi em 1865, que o monge Gregor Mendel, fazendo cruzamentos de ervilhas com diferentes cores de flores, conseguiu desvendar como funcionava a hereditariedade e assim deu origem à Genética.
Figura. Gregor Mendel, pai da Genética.
Posteriormente em 1953, James Watson e Francis Crick desvendaram a estrutura helicoidal da molécula de DNA, dando início à grande quantidade de pesquisas na área da genética e biologia molecular. A partir daí, em 1973 Hebert Boyer e Stanley Cohen, realizaram a primeira transformação gênica, construindo um gene com partes de sapo e partes de bactérias, surgindo desta forma a Engenharia Genética, que hoje é a base para a Biotecnologia.
Principais Áreas da Biotecnologia
- Engenharia Genética (biologia molecular).
- Genômica e proteômica: estudo da estrutura e função dos genes e proteínas através de seu papel no crescimento do organismo, saúde, resistência às doenças.
- Bioinformática: aplicação de software no processo de criação, coleção, estoque e uso eficiente das informações genéticas, recurso fundamental para a modelagem de processos biológicos complexos, o screening e para o desenvolvimento racional de novas drogas;
- Novos modos de síntese: DNA recombinante, RNA messenger e RNA interference. O primeiro permite uma nova combinação ou síntese de DNA, sendo que os outros dois operam como intermediários nesse processo.
- Química combinatória: técnica de síntese química para a produção de um grande número de compostos orgânicos mediante o ensamblado de building blokcs químicos em qualquer combinação possível.
- Drogas terapêuticas fabricadas e métodos diferentes da síntese química.
- Técnicas de bioprocessamento e bioreatores, técnicas modernas e tradicionais de fermentação.
- Desenvolvimento de hibridomas, cultura de células/tecidos, engenharia de tecidos (incluindo estruturação de tecidos e engenharia biomédica), fusão celular, vacinas/estimulantes imunológicos, manipulação de embriões.
Biotecnologia em Saúde Humana no Brasil
As empresas privadas do Brasil investem pouco em Pesquisa e Desenvolvimento em Biotecnologia, apenas 0,5% do PIB. Para compararmos, a média da UE é 1,15% e a da OCDE 1,58% do PIB.
E quais são as fontes de financiamento para P&D das empresas de biotecnologia em saúde humana? Duas instituições federais têm papel mais importante, a Finep (agora Agência Brasileira de Inovação), e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Já em relação ao subsídio estadual, a Fapesp tem grande importância.
No Brasil existem 237 empresas de biotecnologia, identificadas no Brazil Biotech Map 2011, sendo que 125 delas têm como principal área de atuação a saúde humana e insumos (a maioria de reagentes). Grande parte delas são empresas jovens (67% criadas após 2000) e pequenas (70% têm faturamento até R$ 2,4 milhões e 83% têm até 50 empregados).
Testes Clínicos em Biotecnologia
Na área da saúde humana, a grande maioria dos projetos de inovação deve passar por ensaios clínicos antes dos produtos chegarem ao mercado. Sendo assim, uma maneira de avaliarmos a capacidade de inovação no setor, se faz avaliando os ensaios clínicos, seus patrocinadores e áreas de conhecimento.
Nesse sentido, para compreendermos melhor, é importante separarmos os ensaios clínicos em suas diferentes fases. Os ensaios clínicos de fases iniciais (0 a 2) concentram os maiores esforços de inovação. A fase 3, por sua vez, já envolve outras variáveis, como grande quantidade de pacientes, além de exigir participação multicêntrica, que pode envolver vários países na execução de um protocolo de pesquisa determinado pela instituição proponente. Assim, quanto mais ensaios clínicos em fases iniciais, maior tende a ser o esforço de inovação naquele país ou área de conhecimento.
Como esperado, no Brasil, a maior proporção dos ensaios clínicos é de fase 3 e patrocinados pela indústria (principalmente multinacional estrangeira): 48% dos ensaios de câncer, 39% daqueles em cardiologia e 55% dos ensaios em doenças infecciosas. Em cardiologia, a participação de instituições não industriais, a maioria brasileiras, também é significativa (33%).
Resumindo, os dados obtidos a partir dos ensaios clínicos confirmam a baixa capacidade de inovação do setor privado em saúde humana, sendo que um dos problemas essenciais do complexo industrial brasileiro da saúde é a baixa capacidade inovativa da indústria farmacêutica nacional, que está descolada da base científica e tecnológica brasileira.
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Referências
BIANCHI, Carlos. Grupos de pesquisa em biotecnologia moderna no Brasil: uma revisão sobre os fundamentos da política de CTI. Rev. iberoam. cienc. tecnol. soc., Ciudad Autónoma de Buenos Aires , v. 7, n. 21, p. 23-43, agosto 2012.
TORRES-FREIRE, Carlos; GOLGHER, Denise; CALLIL, Victor. Biotecnologia em saúde humana no Brasil: produção científica e pesquisa e desenvolvimento. Novos estud. – CEBRAP, São Paulo , n. 98, p. 69-93, Mar. 2014.
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