Radioterapia, radiodiagnóstico, radiofármacos e radiofarmácia entenda aplicações terapêuticas e diagnósticas

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Dentro da área da saúde, usam-se inúmeros elementos para atingir determinados objetivos. Um deles, é a radiação controlada. Desta maneira, a radiação utilizada, a ionizante, é aplicada em diferentes cenários. Ela pode ser usada na radioterapia, onde há o combate principalmente de tumores, no radiodiagnóstico, que como o nome sugere, é usado para diagnosticar determinadas doenças e na radiofarmácia, com utilizações medicamentosas, de ordem mais ampla.

Tudo isso, impacta diretamente na saúde das pessoas e pode trazer cura e diagnósticos assertivos, quando usado da maneira correta.

Veja agora, um pouco sobre cada uma destas modalidades, oriundas da medicina nuclear, em separado.

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Radioterapia, conceito e aplicações

Dentro da medicina nuclear, a radioterapia é um método utilizado principalmente, para a destruição de células tumorais. Para isso, são utilizados feixes de radiações ionizantes.

Para o tratamento com radioterapia, usa-se uma dose, que é calculada previamente e aplicada, durante determinado tempo, em uma porção de tecido que englobe o tumor.

Com isso, a radioterapia ataca e busca eliminar ao máximo, as células tumorais.

As radiações ionizantes são divididas de duas maneiras: ou são eletromagnéticas ou são corpusculares e carregam energia.

Quando os feixes de radiação ionizante interagem com os tecidos, eles dão origem ao que chamamos de elétrons rápidos, que vão ionizar o meio e criar determinados efeitos químicos. Estes efeitos químicos, causam determinadas reações, como por exemplo, a ruptura das cadeias de DNA.

Neste caso, a morte das células tumorais ocorre por determinados mecanismos, que podem criar desde um contexto de inativação de sistemas vitais para a célula, até a eliminação de suas capacidades reprodutivas.

A maneira como os tecidos respondem a exposição a diferentes níveis de radiação, pode variar, de acordo com inúmeras variáveis. Sensibilidade do tumor, oxigenação, localização, quantidade de radiação empregada e o tempo de aplicação, são alguns fatores que interferem diretamente na resposta das células tumorais.

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Radioterapia: administração

No geral, na radioterapia, a dose total que deve ser administrada, é fracionada em doses diárias, para que tenhamos uma maior eficiência e as células sejam impactadas da maneira correta.

A radioterapia pode ser usada para o tratamento que visa a eliminação total de tumores, quando o objetivo é a eliminação de todas as células com características tumorais. Porém, ela também pode ser usada para fins remissivos, quando buscamos a redução do tamanho total do tumor, para enfraquecer o câncer e torná-lo de mais fácil tratamento. Há ainda, a aplicação profilática, em casos de doenças em estágio pré-clínico.

As fontes de radiação podem ser diferentes. Há aparelhos de radioterapia que são ligados à energia elétrica e liberam raios X e elétrons. Há também, aparelhos que usam fontes de isótopo radioativo, que geram raios gama.

A aplicação de radioterapia envolve inúmeras variáveis e deve ser feita no contexto adequado, somada a outras formas de tratamento da doença, para que tenha bons resultados.

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Radiodiagnóstico

Além das aplicações da radiação ionizante para o tratamento de câncer, ela também pode ser usada para o diagnóstico de inúmeras doenças. A utilização da radiação, como forma de diagnóstico, é amplamente usada na medicina.

Isso, por que uma das bases para o diagnóstico, é a visão do funcionamento e da anatomia do corpo. Neste caso, o radiodiagnóstico se utiliza da radiação ionizante, para oferecer aos profissionais, uma visão anatômica e funcional, de diferentes sistemas e tecidos no organismo.

Uma das aplicações mais comuns do radiodiagnóstico, é o exame de raio-x. Ele oferece aos médicos uma visão clara das estruturas anatômicas do corpo, mais especificamente, do sistema ósseo. Porém, esta não é a única aplicação do radiodiagnóstico. Há inúmeros outros exames.

Complementando o que já mencionamos sobre radioterapia, existem também formas de encontrar a localização exata do tumor, através de exames com base no radiodiagnóstico.

Além disso, temos ainda exames como angiografia. Este é um exame que analisa os vasos sanguíneos através da aplicação de um contraste radiopaco. Outro exame presente nas rotinas do radiodiagnóstico é a fluoroscopia. Este exame é utilizado quando a equipe médica necessita de um exame em tempo real, de estruturas ósseas e outros tecidos.

Outro exame bastante conhecido, dentro do radiodiagnóstico, é a tomografia computadorizada. Ela utiliza determinados níveis de radiação ionizante, para gerar imagens nítidas de tecidos, ossos e outras estruturas anatômicas, fundamentais para o diagnóstico.

Há inúmeras aplicações dos exames oriundos do radiodiagnóstico. Eles são amplamente usados em diferentes especialidades médicas, para o diagnóstico e acompanhamento de determinados tratamentos.

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Radiofarmácia

Além das duas modalidades citadas acima, temos ainda na medicina nuclear, a radiofarmácia. No geral, a radiofarmácia é uma especialidade de suporte para a radioterapia e o radiodiagnóstico. Sem ela, as duas não seriam viáveis.

Basicamente, os radiofármacos são substâncias marcadas, que servem para que seja possível visualizar alterações fisiológicas e/ou determinadas distribuições anormais de determinados compostos. Além disso, ainda há a utilização de radiofármacos através de ações terapêuticas.

Há diferentes níveis de radiofármacos, usados em situações específicas. Por exemplo, o Iodo-131 é muito usado no tratamento de tumores na glândula tireoide. Outra aplicação comum da radiofarmácia, é o FDG-18, que é comumente usado no diagnóstico de infarto do miocárdio.

O estudo, produção, controle e aplicação de radiofármacos, deve ser bastante rigoroso. Isso para que eles não venham a afetar negativamente a saúde dos pacientes em que estes são administrados.

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Relações profissionais em radioterapia, radiodiagnóstico e radiofarmácia

É nítido que radioterapia, radiodiagnóstico e radiofarmácia são complementares. Em muitos momentos, eles chegam até mesmo a interagirem diretamente entre si. Tudo isso, dentro dos preceitos e técnicas que a medicina nuclear preconiza.

É muito comum que sejam usadas técnicas de radiodiagnóstico para que tenhamos uma visão mais clara sobre determinados diagnósticos. Na sequência, são usados radiofármacos ou técnicas de radioterapia.

É fundamental que o profissional vai trabalhar com estes conceitos de medicina nuclear, esteja preparado e em constante aprendizado. Os riscos de procedimentos de radioterapia, radiodiagnóstico ou radiofarmácia, feitos de maneira errônea, são muito grandes. Eles podem comprometer não apenas a saúde do paciente, mas em alguns casos, também a de quem realiza tais procedimentos.

O profissional de medicina nuclear que visa se destacar, precisa compreender tais interações. Ele também precisa absorver os diferentes níveis de conhecimento que estas áreas em específico possuem.

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Referências

http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=100

http://www.abfm.org.br/index.php?site=prova_titulos.php&id=36&m=5

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