Diabetes Mellitus Gestacional (DMG): o que é? Como ocorre? Quais os fatores de risco?

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Olá, aqui é o Professor Victor Proença, e nesse vídeo a gente vai conversar um pouquinho sobre diabetes mellitus gestacional.

Mais especificamente, a gente vai explicar o que que é, e como que pode ocorrer.

Ou seja, quais são os fatores de risco, né.

O que que leva basicamente ao diabetes mellitus gestacional.

Assista ao vídeo, ou continua lendo a transcrição do vídeo abaixo.

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Nesse caso diabetes mellitus gestacional, tá bom?

 

O que é Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)?


Então vamos lá! Primeira coisa, o que é diabetes mellitus gestacional, ou diabetes gestacional, pode ser dessa maneira também, tá?

Então, basicamente, é uma hiperglicemia, que é o aumento da glicose na corrente sanguínea.

Ela acontece durante o período da gestação, ou seja, na ausência de diabetes mellitus do tipo 2, ou do tipo1, por exemplo, antes de acontecer essa gestação.

E ela é caracterizada basicamente por uma intolerância a carboidratos.

Assim, parece muito no final das contas, com diabetes mellitus do tipo 2.

Aliás, diabetes mellitus do tipo 2 predispõe a diabetes mellitus gestacional.

E as mulheres que apresentaram diabetes mellitus gestacional também têm mais propensão a desenvolver diabetes mellitus do tipo 2 posteriormente à gestação, tá bom?

 

Por que ocorre o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)?


Então, o que acontece? Por que que isso acontece, né? Esse evento, essa característica aí de diabetes mellitus gestacional acontece?

Porque a gestação em si é um evento que a gente chama diabetogênico.

Ou seja, ela modifica fisiologicamente o metabolismo da glicemia, do controle da glicemia, favorecendo, basicamente, o excesso, ou o aumento de glicose na corrente sanguínea.

Naturalmente isso daí. Mas por que que isso acontece, Professor?

Então, tem alguns motivos aqui, olha.

Um deles é que a placenta, ela produz alguns hormônios que levam à hiperglicemia.

Então a própria formação do feto, formação dos anexos embrionários, que é a placenta nesse caso que a gente tá falando, que tem lá fixação, nutrição do embrião e do feto que está se desenvolvendo, ela mesma libera alguns hormônios, e esses hormônios levam ao excesso, ou aumento da glicemia na corrente sanguínea, tá!

Outro motivo é que algumas enzimas, que também são liberadas pela placenta, elas acabam degradando a insulina.

E aí, consequentemente, o pâncreas da mulher, pelas células Beta né, mais especificamente, acabam produzindo mais insulina.

Então a gente tem o que a gente chama de aumento compensatório da produção de insulina.

E aí como aumentou a insulina na corrente sanguínea da mãe, porque ela tá nutrindo basicamente dois organismos, um que precisa de um grande aporte energético que está em desenvolvimento, que é o feto, o que que vai acontecer?

 

Resistência à Insulina


As células de maneira geral começam a apresentar resistência à insulina, e em alguns casos, pode haver também algumas alterações das próprias células Beta do pâncreas que produzem insulina.

Então aí teria também resistência à insulina e diminuição de produção de insulina.

Então todos esses fatores aqui, olha, que a gente está citando, são eventos que a gente chama diabetogênicos, e acontecem naturalmente no organismo feminino durante a gravidez.

Só que algumas mulheres já têm mais alguns outros fatores de risco, como, por exemplo, obesidade.

Elas podem, por exemplo, ganhar muito peso durante a gravidez, desenvolver muita gordura na parte abdominal, visceral principalmente.

E aí esse excesso de lipídio cria um ambiente que a gente chama inflamatório.

E esse ambiente inflamatório também favorece a resistência à insulina, e também leva a uma tolerância a essa glicose.

Há uma disfunção das células Beta que produzem insulina e consequentemente também diminuindo a insulina.

E aí a mulher acaba tendo mais chance de desenvolver posteriormente diabetes mellitus do tipo 2.

Por isso que ela tem que cuidar muito dos picos de glicemia que ela apresenta durante o período gestacional, tá?


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Fatores de risco para Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)


Então agora, mais especificamente, vamos explicar um pouquinho, quais são esses fatores, como que eles acontecem, que levam à mulher que está lá durante a gestação, a desenvolver mais facilmente diabetes mellitus gestacional.

Alguns esses fatores são citados aqui segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, como, por exemplo, idade materna avançada, o sobrepeso, que a gente já citou aqui, ou ainda a própria obesidade.

Então, é muito comum a mulher ganhar peso, e é normal isso daí durante a gravidez, só que se ela ganhar peso em excesso, ou ainda se ela já estiver obesa durante a gravidez, se for excessivo esse ganho de peso, a mulher pode desenvolver muito tecido adiposo e esse tecido adiposo, como a gente já falou, cria esse processo inflamatório facilitando o desenvolvimento da Resistência à insulina.

Mais especificamente, há fosforilação dos receptores de insulina.

Outro motivo, deposição Central excessiva de gordura corporal, que a gente já citou.

Então aumento excessivo da circunferência abdominal, no caso dessa mulher gestante.

Claro, vai aumentar, a gente sabe disso, mas isso aqui a gente tá falando em excesso, tudo bem?

História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau, tá?

Um irmão, irmã, alguma coisa do tipo, os próprios pais.

Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou ainda pré-eclâmpsia na gravidez atual.

Então, se houver alguma alteração ali no desenvolvimento fetal, na pressão arterial da mulher, por exemplo, na relação que ela tem da placenta nas veias que recebem o sangue, ou levam o sangue para o feto, isso pode também alterar o crescimento fetal e ser um fator de risco para diabetes mellitus gestacional, tá.

 

Outros fatores de risco para diabetes mellitus gestacional (DMG)


E ainda a gente pode citar aqui alguns antecedentes obstétricos de abortamento de repetição, por exemplo.

Malformações, morte fetal ou ainda neonatal, e macrossomia ou a própria diabetes mellitus gestacional num outro, por exemplo, numa outra gestação, no outro parto, ou seja lá o que for, tá.

E ainda síndrome de ovário policístico que vai alterar basicamente os hormônios estrógenos, entre outros tipos de hormônios.

E baixa estatura, com altura inferior a um metro e meio.

Então tudo isso aqui é fator de risco, tá.

Só que obviamente, né, os fatores de risco, alguns aqui a gente consegue controlar, que são passíveis de serem modificados.

Como por exemplo, obesidade, esse excesso de peso, deposição de gordura abdominal, tá.

Então isso tudo a mulher poderia controlar melhor se ela tiver um acompanhamento de um médico nutrólogo, ginecologista e obstetra.

Se ela tiver um acompanhamento de um nutricionista, de um profissional de educação física que possa auxiliar alguma atividade física específica durante esse período, tá.

Então isso aqui é muito importante para evitar todos esses fatores de risco.

Ou diminuir alguns desses fatores de risco, que podem, sim, levar a problemas na relação, na comunicação materno-fetal.

E pode acontecer o que, basicamente?

Aborto, pode ter alteração de glicemia do próprio feto e do recém-nascido, tá.

Então, várias alterações que a gente vai conversar nas próximas aulas com vocês, tá.

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Então é isso aí, meu nome é Victor Proença, obrigado por você me ouvir até agora, um grande abraço e até a próxima aula!

 

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