Smartphones podem melhorar a detecção de câncer de pele em países em desenvolvimento

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Os smartphones são utilizados como calendários, calculadoras, rádios e máquinas fotográficas. Porém, essa tecnologia também pode ser usada como um microscópio capaz de salvar vidas, sendo chama de microscópio de smartphone. Os dermatologistas da University of Texas Health Science Center at Houston (UTHealth) acreditam que que esse dispositivo possa ser utilizado para a detecção de câncer de pele em países em desenvolvimento.

“Médicos em algumas áreas remotas não têm acesso aos microscópios de alta potência que usamos para avaliar amostras de pele”, explicou Richard Jahan-Tigh, MD, professor assistente de dermatologia na John P. and Kathrine G. McGovern Medical School at UTHealth.

Quando se trata de o diagnóstico de câncer, os microscópios de smartphones são razoavelmente precisos, de acordo com um estudo realizado por Jahan-Tigh e seus colegas. Os resultados foram publicados na revista Archives of Pathology & Laboratory Medicine.

“Nós fizemos uma comparação de ponto a ponto com um microscópio de luz tradicional e ao mesmo tempo com o microscópio smartphone que não tão preciso resultando na detecção de cerca de 90% de câncer de pele não-melanoma”, disse Jahan-Tigh. “Com o microscópio smartphone, a taxa de detecção de melanomas foi de 60%”.

A incidência de ambos os cânceres de pele não-melanoma e melanoma aumentou nos últimos tempos, de acordo com a OMS. O correm globalmente a cada ano cerca de 2 e 3 milhões de câncer de pele não-melanoma e 132.000 de câncer de pele melanoma.

“Este é um bom primeiro passo para mostrar que a microscopia smartphone tem um futuro na dermatologia e patologia”, completou Jahan-Tigh.

Um microscópio smartphone pode ser feito com uma lente esférica de 3 mm, um pequeno pedaço de plástico para segurar a lente esférica sobre a do smartphone, uma fita de encaixe. Nos EUA a lente esférica tem o valor médio de US$ 14,00.

 

– O microscópio de smartphone funciona da seguinte maneira:

O médico coloca lente da câmera sobre uma amostra em lâmina de pele e aguarda o foco. O médico pode fazer a análise da amostra ou pode enviar uma foto para a interpretação de um patologista.

Em testes, com exames feitos em 1.021 lâminas de espécimes, foi possível detectar 95,6% de carcinomas celulares e 89% de carcinomas de células escamosas. Mesmo com os resultados promissores, Jahan-Tigh alerta que ainda é necessário fazer mais testes.

Jahan-Tigh utilizou um microscópio smartphone para avaliar as amostras e o microscópio convencional foi operado por Ronald Rapini, MD, presidente do Departamento de Dermatologia, Marvin E. Chernosky, MD Dotado Ilustre presidente em Dermatologia e professor de dermatologia na McGovern Medical School .

Ambos são dermatologistas e dermatopatologistas, o que significa que, além de serem capazes de rastrear os pacientes de câncer de pele, eles podem examinar os tecidos de biópsia para determinar se é canceroso.

Em sua conclusão, os autores do estudo escreveram que a microscopia à base de celulares tem excelentes características de desempenho para o diagnóstico barato de câncer de pele não-melanoma em um ambiente onde um microscópio tradicional não está disponível.

“Esta é apenas a ponta do iceberg”, finalizou Jahan-Tigh.

Fonte: www.tmcnews.org

 

Por: Marina Caxias | Texto Aprovado pelo Conselho Científico do Instituto Biomédico – IBAP

 

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