Explorando as Provas de Função Hepática: Compreendendo a Bioquímica Clínica no Diagnóstico de Doenças Hepáticas

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A função hepática é um aspecto crucial da saúde geral do corpo humano. O fígado, sendo um dos órgãos mais versáteis e vitais, desempenha uma gama de funções essenciais, incluindo a metabolização de substâncias, produção de bile e eliminação de toxinas. Em situações patológicas, como na suspeita de cirrose hepática, as provas de função hepática tornam-se ferramentas diagnósticas imprescindíveis. Este texto tem como objetivo explorar os diferentes aspectos e exames envolvidos nas provas de função hepática, utilizando como exemplo uma questão de concurso para biomédicos.

A Importância do Fígado e Sua Avaliação

O fígado é o maior órgão interno e tem um papel central no metabolismo, detoxificação e síntese de proteínas importantes. Avaliar sua função é essencial em diversos contextos clínicos, particularmente em pacientes com histórico de consumo excessivo de álcool, como o caso do paciente de 56 anos descrito na questão do concurso da UFGD (que veremos adiante).

Principais Exames de Função Hepática

  1. Transaminases (AST e ALT): Essas enzimas, quando elevadas, indicam lesão hepatocelular. São particularmente relevantes no diagnóstico de hepatites e cirrose.
  2. Bilirrubinas: A elevação das bilirrubinas pode indicar icterícia e problemas na excreção de bile.
  3. Fosfatase Alcalina (ALP): Aumentos na ALP podem ser encontrados em condições de obstrução biliar e lesões hepáticas.
  4. Gama-Glutamil Transferase (GGT): Esta enzima é especialmente sensível ao álcool e drogas, sendo elevada em casos de lesão hepática induzida por álcool.

Cirrose Hepática e Alcoolismo

A cirrose é uma condição crônica onde o tecido normal do fígado é substituído por tecido cicatricial, afetando a função hepática. O alcoolismo crônico é uma das causas mais comuns de cirrose. Neste contexto, a avaliação da função hepática é crucial para diagnosticar e monitorar o progresso da doença.

Interpretação dos Resultados

  • Elevação Isolada de Transaminases: Sugerem dano hepatocelular.
  • Elevação de Bilirrubinas e ALP: Indicam obstrução biliar ou icterícia.
  • Elevação da GGT: Fortemente associada ao consumo de álcool e a lesões hepáticas por este.

Manejo Clínico

A avaliação bioquímica é apenas o início do manejo clínico. O tratamento e acompanhamento dependem da causa subjacente da disfunção hepática e podem incluir mudanças no estilo de vida, medicação e, em casos graves, até transplante hepático.

Chegou a hora de treinar!

Agora, reflita sobre a questão proposta a seguir.

INSTITUTO AOCP – 2014 – UFGD – Biomédico

Homem de 56 anos, etilista há 10 anos, chega ao hospital com vômito, dor epigástrica, perda de peso, febre e desconforto abdominal ao ingerir alimentos. Devido à alta ingestão alcoólica, o médico suspeitou de cirrose e solicitou prova de função hepática. Assinale a alternativa que aponta os exames realizados neste caso.

Alternativas

A) Dosagem de Glicose, Amilase, LDH, Bilirrubinas e CK.

B) Dosagem de Transaminases, LDH, Bilirrubinas e Troponina

C) Dosagem de Amilase, CK, CK – MB, Bilirrubinas e Troponina.

D) Dosagem de transaminases, Bilirrubinas, Fosfatase alcalina e Gama – GT

E) Dosagem de Fosfatase alcalina, CK, CK – MB e Glicose.

Comentários

A) Dosagem de Glicose, Amilase, LDH, Bilirrubinas e CK:

Glicose: Indica os níveis de açúcar no sangue e é importante para o diagnóstico de diabetes.

Amilase: Enzima produzida pelo pâncreas e glândulas salivares, usada principalmente para diagnosticar e monitorar a pancreatite.

LDH (Lactato Desidrogenase): Enzima presente em vários tecidos e órgãos, usada para avaliar danos teciduais.

Bilirrubinas: Pigmentos biliares que indicam a função hepática e possíveis obstruções biliares.

CK (Creatinoquinase): Enzima encontrada principalmente no coração, cérebro e músculos, usada para detectar danos musculares.

B) Dosagem de Transaminases, LDH, Bilirrubinas e Troponina:

Transaminases (TGO e TGP): Enzimas hepáticas que indicam lesão ou inflamação do fígado.

LDH (Lactato Desidrogenase): Enzima presente em vários tecidos e órgãos, usada para avaliar danos teciduais.

Bilirrubinas: Pigmentos biliares que indicam a função hepática e possíveis obstruções biliares.

Troponina: Marcador cardíaco usado para diagnosticar infarto do miocárdio.

C) Dosagem de Amilase, CK, CK – MB, Bilirrubinas e Troponina

Amilase: Enzima produzida pelo pâncreas e glândulas salivares, usada principalmente para diagnosticar e monitorar a pancreatite.

CK (Creatinoquinase): Enzima encontrada principalmente no coração, cérebro e músculos, usada para detectar danos musculares.

CK – MB: Isoenzima da CK, específica do músculo cardíaco, usada para diagnosticar infarto do miocárdio.

Bilirrubinas: Pigmentos biliares que indicam a função hepática e possíveis obstruções biliares.

Troponina: Marcador cardíaco usado para diagnosticar infarto do miocárdio.

D) Dosagem de transaminases, Bilirrubinas, Fosfatase alcalina e Gama – GT:

Transaminases (TGO e TGP): Enzimas hepáticas que indicam lesão ou inflamação do fígado.

Bilirrubinas: Pigmentos biliares que indicam a função hepática e possíveis obstruções biliares.

Fosfatase alcalina: Enzima presente no fígado, ossos e outros tecidos, usada para detectar doenças hepáticas ou ósseas.

Gama – GT (Gama-Glutamil Transferase): Enzima hepática usada para detectar doenças do fígado e obstrução biliar.

 

E) Dosagem de Fosfatase alcalina, CK, CK – MB e Glicose.

Fosfatase alcalina: Enzima presente no fígado, ossos e outros tecidos, usada para detectar doenças hepáticas ou ósseas.

CK (Creatinoquinase): Enzima encontrada principalmente no coração, cérebro e músculos, usada para detectar danos musculares.

CK – MB: Isoenzima da CK, específica do músculo cardíaco, usada para diagnosticar infarto do miocárdio.

Glicose: Indica os níveis de açúcar no sangue e é importante para o diagnóstico de diabetes.

Resposta Correta: Alternativa D.

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Conclusão

Entender as provas de função hepática é essencial para biomédicos e profissionais da saúde, fornecendo informações valiosas sobre o estado do fígado e possíveis patologias. Este conhecimento é fundamental para o diagnóstico preciso e tratamento eficaz de doenças hepáticas.

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