Introdução à microbiologia: reino monera (ênfase nas bactérias)

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Bactérias, Arqueobactérias, Cianobactérias são pertencentes ao reino monera.

O reino monera é o reino mais primitivo que existe dentro da biologia, e as bactérias estão inseridas neste reino. Porém, tanto bactérias quanto cianobactérias e arqueobactérias, dividem características comuns, pertencentes aos indivíduos do reino monera.

Uma das características importantes sobre este reino é que todos os indivíduos do reino monera são:

– Procariontes: o material genético dessas células do reino monera não possui uma membrana limitadora, ou seja, não há carioteca. Não possuem membrana nuclear.

* O único reino procarionte que existe é o reino monera.

– Unicelulares: possuem uma única célula.

– Ana/Aeróbicos: em relação a utilização de oxigênio para a obtenção de energia, existem indivíduos do reino monera que são anaeróbicos (não utilizam o oxigênio como fonte de produção de energia) e existem organismos que são aeróbicos (precisam do oxigênio para produção de ATP).

Curiosidade: Você sabia que o mau cheiro na boca, conhecido como bafo, é causado pelas bactérias anaeróbicas? A saliva serve para controlar a população deste tipo de bactérias na nossa boca, a noite produzimos menos saliva e consequentemente aumenta-se a população de bactérias anaeróbicas, dando muitas vezes um “odor” causado pela liberação de gases durante a noite.

– Autotróficos e heterótrofos: alguns organismos do reino monera são heterótrofos e não precisam comer para obter matéria orgânica, eles fazem fotossíntese ou quimiossíntese. Outros são autótrofos, e se alimentam para conseguir obter energia. Os dois tipos de microrganismos são encontrados no reino monera.

Morfologia bacteriana

Quem são as bactérias? O reino monera é representado pelas bactérias e pelas cianobactérias (antigamente chamadas de algas azuis). Foram os primeiros microrganismos a habitar a terra e são organismos microscópicos que podem causar doenças aos seres vivos e também podem ser usados de forma benéfica ao homem e à natureza.

As bactérias possuem várias formas e tamanhos, possuem tamanho médio de 1 micrômetro que são visíveis ao microscópio óptico e são encontradas na forma isolada ou formando colônias. Quando esféricas recebem o nome de coco, as formas alongadas recebem o nome de bacilos ou bastonetes. Os vibriões apresentam formato que lembram uma meia lua, temos também formas espiraladas (espiritlo, uma forma mais robusta e com flagelo) e a espiroqueta (que é mais delgada e sem flagelo).

Quando duas bactérias se unem, formam um arranjo chamado de diplo, se por exemplo for um conjunto de 2 cocos, chamamos de diplococo, como é o caso da Neisseria gonorrhoeae e Streptococcus pneumoniae.

Várias bactérias unidas em cadeia, usamos o prefixo estrepto, se o formato da bactéria for coco, será: estreptococo. Mas, se a colônia não apresenta nenhuma forma definida, usa-se o prefixo estafilo, que significa cacho. Se o arranjo for em forma de cubo, é classificado como sarcina. Esses são os principais arranjos e formatos existentes, nem sempre é preciso decorar nomes, muitas vezes observando a colônia você consegue dizer a morfologia dela.

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Células bacterianas – estruturas importantes

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Toda célula bacteriana tem membrana plasmática, citoplasma, e também terá parede celular.

Importante: o reino monera é caracterizado pela presença de parede celular. É importante que você saiba que essa parede celular é composta por uma substância chamada mureína.

Além disso, as bactérias também possuem ao seu redor uma capsula que consiste em dar mais resistência a bactéria e maior poder de ataque ao organismo.

As bactérias também possuem estruturas de locomoção, algumas possuem flagelo e cílios. Os cílios servem tanto para locomoção como para formar uma ponte citoplasmática chamada de pile, que servem para trocar material genético dentro de uma reprodução sexuada chamada de conjugação.

As bactérias possuem apenas um DNA que irá formar um cromossomo circular, como não há carioteca, essa região que possui o material genético é chamada de nucleóide.

O plasmídeo é um pedaço do DNA da bactéria que será trocado com outras bactérias. Geralmente os genes contidos nos plasmídeos são os responsáveis pela resistência a antibióticos, ela transfere os plasmídeos para outras bactérias tornando-as também resistentes a antibióticos. É importante também que você saiba que a única organela citoplasmática que o reino monera possui, são os ribossomos.

Muitas bactérias possuem invaginações nas membranas plasmáticas que servem para que seja feita respiração celular, essas invaginações são chamadas de mesossomos, isto é extremamente importante para célula visto que estes microrganismos não possuem mitocôndria para fazerem respiração celular.

Como os antibióticos atuam nas bactérias?

Você já deve saber que os antibióticos servem contra doenças bacterianas. Eles vão atacar 2 estruturas da parede bacteriana: parede celular – e com isso torna a célula bacteriana mais fraca, facilitando a destruição da mesma pelo sistema imunológico – ou o antibiótico atua no processo de síntese proteica da bactéria – impedindo que ela faça determinadas proteínas e com isso acaba matando esta bactéria.

Esse artigo faz parte da série de artigos sobre microbiologia. Não deixe de ler a continuação deste tema clicando aqui.

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Reprodução de bactérias

Por: Marina Caxias | Texto Aprovado pelo Conselho Científico do Instituto Biomédico – IBAP

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