Cirurgia bariátrica pode reduzir expectativa de vida em pacientes diabéticos “super-obesos”

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Segundo estudo realizado por pesquisadores da University of Cincinnati (UC – Universidade de Cincinnati), a cirurgia bariátrica tem capacidade de melhorar a expectativa de vida para muitos pacientes obesos que também são diabéticos, mas o procedimento operatório pode vir a cortar a expectativa de vida para os pacientes diagnosticados com índices de massa corporal muito elevados, os chamados super-obesos, ou seja, com grau de obesidade extremamente elevado.

A pesquisa foi financiada pelo National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (Instituto Nacional de Diabetes e Digestivo e Doenças Renais). Os resultados desse estudo foram publicados no início de 2015 na revista digital Annals of Surgery.

 

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“Para a maioria dos pacientes com diabetes com IMC (índice de massa corporal) superior a 35, a cirurgia bariátrica aumenta a expectativa de vida”, esclarece Daniel Schauer, MD, professor assistente na divisão de medicina interna geral na University of Cincinnati. “No entanto, o benefício da cirurgia diminui à medida que o IMC aumenta. Os pacientes com um IMC superior a 62 provavelmente não vão ganhar qualquer expectativa de vida com essa cirurgia”, concluiu.

Schauer e sua equipe de pesquisadores desenvolveram um modelo analítico de decisão para comparar a expectativa de vida em um grupo de indivíduos diabéticos obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica a um grupo que não foram submetidos a cirurgia bariátrica. Eles usaram dados envolvendo cerca de 200.000 pacientes de três locais da rede de pesquisa HMO, bem como dados da amostra do Nationwide Inpatient Sample and the National Health Interview Survey em associação com as informações do National Death Index.

Nas principais análises do estudo, os pesquisadores descobriram que uma mulher de 45 anos com diabetes e índice de massa corporal de 45 kg / m2 ganhou um adicional de 6,7 anos de expectativa de vida com a cirurgia bariátrica (38,4 anos com cirurgia contra 31,7 anos sem o procedimento). No entanto, o ganho na expectativa de vida diminuiu, uma vez que o IMC atingiu 62 kg / m2 com a cirurgia bariátrica. Resultados semelhantes foram observados para homens e mulheres em todas as faixas etárias. O estudo não observou as diferenças associadas a corrida.

“Isso foi surpreendente. Esperávamos que aqueles com IMC superior poderiam aproveitar melhor a cirurgia bariátrica”, diz Schauer, também médico do UC Health e membro dos UC Cancer Institute e the Center for Clinical Effectiveness.

OS pacientes super-obesos obesos podem ter tido diabetes por um longo período e são mais propensos a ter complicações após a cirurgia, resultando em resultados adversos para a saúde, explica Schauer.

Cerca de 15 milhões de adultos nos Estados Unidos sofrem de obesidade grave, que é definido como tendo um índice de massa corporal superior a 35 kg / m2. A obesidade e o diabetes estão estreitamente ligados, e a obesidade grave aumenta o risco de diabetes em mais de sete vezes, diz Schauer.

Também participaram do estuo outros pesquisadores da UC, incluindo  David Fischer, MD, professor associado de cirurgia, e Mark Eckman, MD, da Posey Professor of Clinical Medicine e diretor do Center for Clinical Effectiveness.

Fonte: www.eurekalert.org

 

Por: Marina Caxias | Texto Aprovado pelo Conselho Científico do Instituto Biomédico – IBAP

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