Exame de reticulócitos: para que serve e como é feito? Entenda de uma vez por todas!

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exame de reticulócitos

Você já ouviu falar sobre o exame de reticulócitos? Talvez esse termo seja desconhecido para muitas pessoas, mas esse teste é fundamental para a avaliação das anemias e outras condições relacionadas à produção das células vermelhas do sangue, conhecidas como hemácias.

O que são Reticulócitos e sua Formação

As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, desempenham um papel essencial no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. No entanto, em alguns casos, a medula óssea pode produzir reticulócitos em maior quantidade, indicando um esforço do organismo para compensar a perda de hemácias. Mas o que são exatamente esses reticulócitos?

Os reticulócitos são hemácias jovens e imaturas, ainda com material genético, como o RNA, e que não atingiram a maturação completa. Essas células, que apresentam uma aparência de rede, são formadas na medula óssea vermelha, onde ocorre a maturação das células progenitoras. Porém, por algum motivo, podem ser liberadas para a corrente sanguínea antes de estarem totalmente maduras.

fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20039-reticulocito

Como é realizado o Exame de Reticulócitos

Para realizar o exame de reticulócitos, é coletada uma pequena amostra de sangue do paciente. Essa amostra é encaminhada para análise em laboratório, onde é feita a contagem e a análise morfológica dessas células. O exame é geralmente parte do hemograma completo, que é uma avaliação sanguínea mais abrangente.

Interpretação dos Resultados

A análise dos reticulócitos é fundamental para diagnosticar e monitorar diferentes tipos de anemias e outras condições relacionadas à saúde sanguínea. A contagem e a proporção de reticulócitos no sangue podem fornecer informações valiosas sobre o funcionamento da medula óssea e a produção de hemácias.

Possíveis Alterações nos Resultados

As alterações nos níveis de reticulócitos podem indicar diferentes condições médicas. Um aumento na quantidade de reticulócitos pode estar associado a anemias hemolíticas, que são caracterizadas pela destruição prematura das hemácias no sangue. Exemplos de anemias hemolíticas incluem a anemia falciforme e a talassemia.

Por outro lado, uma diminuição na porcentagem de reticulócitos pode estar relacionada a anemias por deficiência de ferro, anemia perniciosa, aplasia medular, entre outras condições. A análise dos resultados do exame de reticulócitos, juntamente com outros exames laboratoriais, permitirá ao médico formular um diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado para cada caso.

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A Importância da Abordagem Multidisciplinar

É fundamental destacar que o exame de reticulócitos não deve ser visto isoladamente. A abordagem multidisciplinar, envolvendo o médico, o hematologista e outros profissionais de saúde, é essencial para uma avaliação completa e precisa. Além do exame de reticulócitos, outros testes específicos podem ser necessários para avaliar os níveis de ferro, vitamina B12, ácido fólico e outros marcadores sanguíneos.

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Casos Clínicos e Exemplos de Diagnóstico

Para entender melhor a importância do exame de reticulócitos, vamos analisar alguns casos clínicos:

Caso 1: Paciente com palidez, fraqueza, fadiga e baixa concentração. O exame de reticulócitos mostrou uma porcentagem elevada, sugerindo uma anemia hemolítica adquirida.

Caso 2: Paciente com anemia e falta de ar. O exame de reticulócitos revelou uma porcentagem reduzida, apontando para uma possível anemia por deficiência de ferro.

exame de reticulócitos
fonte: https://vetclinpathimages.com/2018/03/01/reticulocytes/

Conclusão

Em resumo, o exame de reticulócitos desempenha um papel fundamental na avaliação das anemias e outras condições relacionadas à produção das células vermelhas do sangue. A contagem e a análise dessas células imaturas permitem que os profissionais de saúde identifiquem distúrbios na medula óssea e direcionem o tratamento adequado para cada paciente.

Lembramos que somente um profissional da saúde pode interpretar corretamente os resultados do exame de reticulócitos e realizar um diagnóstico preciso. Se você tiver qualquer dúvida ou sintoma relacionado à saúde sanguínea, não hesite em procurar um médico para uma avaliação adequada e orientações específicas para o seu caso.

Referências

  1. Greer JP, Arber DA, Glader B, et al. Wintrobe’s Clinical Hematology. 14th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer Health; 2019.
  2. Rodak BF, Carr JH. Clinical Hematology Atlas. 5th ed. St. Louis: Elsevier; 2016.
  3. Hoffbrand AV, Moss PAH, Pettit JE. Essential Haematology. 7th ed. Chichester: Wiley-Blackwell; 2016.
  4. Pagana KD, Pagana TJ. Mosby’s Manual of Diagnostic and Laboratory Tests. 5th ed. St. Louis: Elsevier; 2014.
  5. McKenzie SB, Williams JL. Clinical Laboratory Hematology. 3rd ed. New Jersey: Pearson; 2014.

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