Candidíase: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção

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Neste artigo iremos responder diversas questões sobre a candidíase. Esperamos que você possa encontrar todas as respostas para suas dúvidas. Boa leitura.

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Ao decorrer da vida enfrentamos diversas dificuldades com relação à saúde do nosso corpo. As doenças, infecções e outros, chegam, e nós devemos estar preparados para enfrentá-los com êxito. Para isso, existem algumas precauções para nos ajudar a passar por tudo isso com disposição e vigor. Ter uma vida saudável, é um dos caminhos, sabemos que só nos traz benefícios, e um deles é o fortalecimento do sistema imunológico. Ter um sistema imune forte nos protege contra tudo isso, inclusive contra infecções vaginais, orais e cutâneas, como a candidíase.

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Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/candidiase/

 

O QUE É CANDIDÍASE?

A candidíase é uma infecção provocada por um fungo chamado Candida, ele é classificado como levedura e possui diversas espécies. A espécie Candida albicans, é a mais comum entre as infecções. Ela se caracteriza por habitar, normalmente, regiões específicas do corpo humano, como por exemplo, a pele, o aparelho digestivo e a vagina. Os fungos podem viver nesses locais sem causar danos à saúde. Entretanto, quando encontram um ambiente favorável para proliferação, esses fungos podem se multiplicar de maneira exagerada, causando assim as infecções, que podem ter maior recorrência entre mulheres.

 

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DA CANDIDÍASE?

Existem alguns fatores principais que colaboram para que o ambiente seja agradável para esses fungos se multiplicarem, são eles: a baixa imunidade, idade superior a 45 anos e o uso recorrente de antibióticos. Mas, mesmo tendo uma boa imunidade, é possível se infectar. Contudo, estas infecções são mais constantes em pessoas com a imunidade baixa, como: aidéticos (pessoas com AIDS), diabéticos, grávidas e pessoas em tratamento oncológico.

 

COMO SABER SE VOCÊ ESTÁ COM CANDIDÍASE? E QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Através da observação da aparição de alguns dos sintomas, é possível que o próprio paciente suspeite de candidíase. Entretanto, o diagnóstico correto só pode ser feito por um especialista.
Os sintomas, quando a infecção atinge a região da mucosa da boca, podendo se agravar e descer para o esôfago, são:
• -Manchas viscosas e brancas na boca;
• -Rachaduras e/ou feridas nos cantos da boca (queilite);
• -Língua bem avermelhada, dolorida e lisa;
• -Dor ao engolir.

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Fonte: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/sapinho-candidiase-oral/

Em casos de infecções da mucosa vaginal, é possível observar:
• -Secreções brancas na calcinha;
• -Queimação, irritação, dor e coceira (prurido) na região vaginal;
• -Dor antes ou após a relação sexual (dispareunia);
• -Dor ao urinar (disúria);
• -Inchaço (edema), vermelhidão (eritema) e escoriações vaginais.

Quando a infecção está na região cutânea (pele), é possível notar:
• -Erupções;
• -Intensa queimação no local.

Porém, se esta infecção se espalhar para outras regiões do corpo e não for tratada adequadamente, a situação pode se tornar grave, podendo causar:
• -Febre;
• -Sopro cardíaco;
• -Aumento do baço;
• -Pressão baixa (hipotensão);
• -Baixa produção de urina;
• -Cegueira;
• -Falência dos órgãos;
• -Morte.

 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA CANDIDÍASE?

É possível diagnosticar através do exame clínico, com uma cultura de uma amostra de um tecido infectado, ou seja, cultivar o material coletado num meio favorável, para verificar se há crescimento de fungos. Além disso, pode ser realizado, por meio de profissionais qualificados, uma análise microscópica do tecido coletado. E algumas vezes, o diagnóstico pode ser feito também através de um exame de sangue.

 

CANDIDÍASE TEM CURA? QUAL O TRATAMENTO?

O tratamento é realizado através da administração de antifúngicos específicos, dependo do local atingido e tipo de fungo. Para candidíase na pele, boca ou vagina existem medicamentos aplicáveis diretamente na região afetada, como:
• -Clotrimazol;
• -Nistatina

E os administrados via oral, como:
• -Fluconazol.

Se a infecção chegar a atingir o esôfago, pode ser utilizado itraconazol via oral. Todavia, não obtendo resultados favoráveis, podem ser administrados outros medicamentos por intermédio da via intravenosa:
• -Anidulafungina;
• -Caspofungina;
• -Micafungina;
• -Anfotericina B;
• -Voriconazol (ou via oral);
• -Posaconazol (exclusivamente por via oral).
Em casos graves, de infecções que já se espalharam pelo corpo, os medicamentos utilizados, por via intravenosa, são:
• -Anidulafungina;
• -Caspofungina;
• -Micafungina.

Todos os tratamentos, tanto tópicos como orais atingem a cura clínica, sendo exitosa em até 95% dos casos.

 

O QUE É CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA?

A candidíase pseudomembranosa é uma das maneiras mais comuns de manifestação da infecção. Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas de maneira especial em pessoas imunodepressivas (imunidade baixa) e lactantes. Uma de suas principais características são a presença de placas gelatinosas em toda a região oral. São parecidas com leite coalhado, e são compostas principalmente por fungos, leucócitos, bactérias, células da pele entre outras coisas. A partir do momento em que essas placas são retiradas com gaze, pode-se notar uma mucosa oral normal, com leve vermelhidão (eritema) ou pequenas úlceras.

 

A CANDIDÍASE É TRANSMISSÍVEL?

A candidíase é considerada uma infecção sexualmente transmissível. Normalmente ocorre em casos em que não há a utilização de preservativo durante a relação sexual. Também é importante considerar que, existe outra forma de transmissão, incomum, porém com potencial, que é o através de pessoa a pessoa no ambiente hospitalar (nosocomial).

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Fonte: https://www.radiovizela.pt/noticia-aces-alerta-para-importancia-do-uso-do-preservativo

 

CANDIDÍASE RECORRENTE, O QUE PODE SER?

São considerados casos recorrentes, infecções definidas por 4 ou mais situações durante um período de 12 meses. Esta pode estar associada a outras patologias, como diabetes não controlada, indivíduos com falha na produção de alguns antígenos, sexo oral passivo ou imunossupressão.

 

QUAL A FORMA DE PREVENÇÃO DA CANDIDÍASE?

Uma forma de prevenir a candidíase é diagnosticar e tratar precocemente a infecção para evitar complicações; e em casos de gestantes, reduzir as chances de passar para o bebê (perinatal), se for vaginal. É importante ressaltar que o fato de não utilizar antibioticoterapias de maneira prolongada também ajuda na prevenção. Algumas outras orientações são:
• -Uso de preservativo;
• -Dormir bem;
• -Fugir do estresse, fumo e sedentarismo;
• -Manter uma alimentação equilibrada;
• -Evitar calças apertadas por longos períodos;
• -Não usar desodorantes íntimos;
• -Evitar absorvente diário;
• -Dormir sem calcinha.

Por fim, se manter informado e buscar orientações confiáveis a respeito da candidíase são primordiais para ajudar a conhecer mais sobre como tudo isso funciona no organismo, ficar atento quanto aos sinais e sintomas que o corpo emite e saber como proceder para evitar essa infecção. É de suma importância lembrar que apenas um profissional da área pode fechar um diagnóstico e prescrever algum tipo de medicamento.

 

REFERÊNCIAS

 BARBEDO, Leonardo S.; SGARBI, Diana B. G. Candidíase. DST – J bras Doenças Sex Transm: 22(1): 22-38, 2010. Acesso em: 03 jul 2020. Disponível em: <http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/303/2018/02/r22-1-2010-4-Candidiase.pdf>.

CARVALHO, Giovani Brandão Mafra De; BENTO, Camila Vieira; SILVA, João Batista De Almeida. Elementos Biotecnológicos Fundamentais no Processo Cervejeiro: 1º Parte – As Leveduras. Revista Analytica, 2006. Acesso em: 07 jul. 2020. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4075236/mod_resource/content/1/Carvalho2006%20Artigo_Analitica_1_As_Leveduras.pdf>.

FEUERSCHUETTE, Otto Henrique May; SILVEIRA, Sheila Koettker; FEUERSCHUETTE, Irmoto; et al. Candidíase Vaginal Recorrente: Manejo Clínico. Revista Femina, 2010. Acesso em: 06 jul 2020. Disponível em: < http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n1/a005.pdf>.

KOPKO, Gabriela. Candidíase Vaginal: Cuidados diários podem evitar evolução da doença. Blog do Ministério da Saúde, 2016. Acesso em: 07 jul 2020. Disponível em: < http://www.blog.saude.gov.br/index.php/51617-candidiase-vaginal-cuidados-diarios-podem-evitar-evolucao-da-doenca>.

PAPPAS, Peter G.; KAUFFAMAN, Carol A.; ANDES, David R.; et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clinical Infectious Diseases: 62 (4): 1–50, 2016. Acesso em: 08 jul. 2020. Disponível em: <https://academic.oup.com/cid/article/62/4/e1/2462830>.

SHIOZAWA, Pedro; CECHI, Daniela; FIGUEIREDO, Maria Augusta Pacheco; et al. Tratamento da candidíase vaginal recorrente: revisão atualizada. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo, 52 (2): 48-50, 2007. Acesso em: 05 jul 2020. Disponível em: <http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/421>.

SIMÕES, Ricardo Jorge; FONSECA, Patrícia; FIGUEIRAL, Maria Helena. Infecções por Candida spp na Cavidade Oral. Revista CRO: 2013. Acesso em: 07 jul 2020. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/pdf/occ/v12n1/a04v12n1.pdf>.

TOZZO, A. B; GRAZZIOTIN, N. A. Candidíase Vulvovaginal. Perspectiva, Erechim: 53-62, 2012. Acesso em: 08 jul 2020. Disponível em: < http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/133_250.pdf>

 

Autora

Tamiris Souza França – Biomédica, Especialista em Gestão em Saúde Pública e em Docência em Ensino Superior, Médio e Técnico

 

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