Bactérias são usadas para classificar tumores colorretais!

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Analisando as bactérias que ficam em torno de tumores colorretais um grupo de pesquisadores identificou uma maneira de classificá-los. A descoberta apresentada na Sociedade Americana de Genética Humana de 2015 (American Society of Human Genetics – ASHG), durante a reunião anual em Baltimore, pode mudar a maneira que os médicos identificam e tratam esse tipo de câncer.

Ran Blekhman, PH.D, professor assistente de genética, biologia celular e desenvolvimento da Universidade de Minnesota (University of Minnesota), diz que “nós descobrimos uma maneira de classificar geneticamente o tumor colorretal sem ter que fazer biópsia e dissecá-lo”. Na visão de um leigo isso pode não ser grande coisa, mas o Dr. Blekhman complementou: “Isso pode oferecer eventualmente uma abordagem não invasiva e de baixo custo para informar o diagnóstico para o tratamento”.

A importância do estudo

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O Dr. Blekhman liderou a pesquisa, sendo então o autor sênior, que examinou a diferença genética entre o tumor colorretal e as células saudáveis do colo de 44 adultos que estavam diagnosticados com esse tipo de câncer. Eles procuraram por uma correlação entre mutações específicas nas células tumorais e na composição do microbioma do tumor e encontraram uma relação entre ambas.

“Essa foi a primeira vez que um estudo analisou os dois fatores em conjunto”, disse Michael B. Burns, pesquisador de pós-doutorado do laboratório do Dr. Blekhman. Burns explicou que pesquisas anteriores descobriram a relação entre as células mutantes com o câncer colorretal e que também se aprofundaram em certas características do microbioma e câncer. Entretanto, nunca havia sido feita uma pesquisa que relacionasse as duas características.

Essas mutações específicas nas células e nas características do microbioma ajudam a identificar e a classificar o tipo de câncer através das bactérias que ficam em torno do tumor. Desse modo é possível aprofundar a pesquisa para compreender a importância dessas bactérias para o crescimento do tumor. Os pesquisadores sabem que existe uma correlação, mas ainda não identificaram qual.

Os resultados do estudo, somado a novas pesquisas, representam um grande passo para o tratamento do câncer colorretal. Ao compreender as características do microbioma abastecido pelas bactérias será possível contra-atacar, por assim dizer, garantindo um tratamento mais específico e, principalmente, menos danoso para os pacientes diagnosticados com a doença.

O tumor colorretal no Brasil

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No Brasil, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima que em 2016 sejam catalogados aproximadamente 34.280 novos casos de tumores colorretal. A maior incidência será nas mulheres, com 17.620 casos contra 16.660 casos nos homens. Essa tendência é uma constante, porque em 2013 o número de mulheres que faleceram com esse tipo específico de câncer foi maior do que o de homens, catalogando 8.024 mortes de mulheres contra 7.387 mortes de homens, que juntos somam 15.415.

Se enquadramos os números de acordo com a população brasileira com maior tendência a desenvolver esse tipo de tumor, ou seja, 20% dos habitantes com mais de cinquenta anos de idade, aproximadamente 40 milhões de pessoas, é possível dizer que apenas 0,0857% dessas pessoas podem acabar desenvolvendo tumores colorretais.

Em números a porcentagem é baixa, principalmente de morte, pois o câncer tem tratamento e a maioria das pessoas que descobrem o tumor cedo conseguem se livrar da doença. Porém, independentemente do número de casos e mortes, a doença ainda é muito nociva para as pessoas. É por causa disso que pesquisas e estudos sobre os tumores, uso das bactérias e afins, são tão importantes.

Como um todo as baixas são mínimas, mas isso não significa que devemos parar de procurar novos métodos para tratamento, menos invasivos e mais proveitosos para os pacientes.

Fonte: http://www.eurekalert.org/

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