Abuso de substâncias aumenta – Hospitais fazem teste de drogas em mãe

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Um aumento dramático do uso de heroína e analgésico na área de Cincinnati, Ohio, preocupa Scott Wexelblatt, MD, neonatologista na Perinatal Instituto Infantil de Cincinnati, o levando a liderar um programa de rastreio universal regional de drogas para as mães que deram entrada nos hospitais de Cincinnati e região. Lançado em setembro de 2013, o programa, que envolve triagem dupla das mães e seus recém-nascidos, foi abraçado pelo Greater Cincinnati Health Council e tornou-se um dos mais visíveis programas do gênero dos Estados Unidos. Outros estão observando de perto como eles lidam com um aumento exponencial tanto o abuso de drogas ilícitas, como prescrição e falta de orientações claras.

Um estudo feito Wexelblatt, conduzido entre 2012 e 2013, identificou que 5,4% das mães tiveram um teste de drogas positivo na admissão e 3,2% das mães testaram positivo para opióides. “Os opióides são o que preocupa mais”, explicou. “Entre os recém-nascidos expostos aos opióides no útero, entre 55% e 94%, desenvolvem sinais e abstinência, e 30% a 80% necessitam de tratamento farmacológico.”

Um diagnóstico precoce com tratamento tende a alcançar melhores resultados. Bebês com síndrome de abstinência neonatal (NAS) são muitas vezes irritáveis, alimentasse mal, e tem diarreia e convulsões. Resultados adversos de longo prazo são bem estudados, mas o neonatologista teme que as crianças em lares com abuso de substâncias podem sofrer de abuso infantil, problemas de crescimento e perda de momentos normais da infância.

 

Os dilemas e o processo de rastreio

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No programa de rastreio universal de Cincinnati, os hospitais participantes encorajaram as mães a concordarem com o teste. Se as mães não consentissem, seus bebês seriam testados em seu lugar. Quando possível, as mulheres grávidas identificadas com problemas de abuso de substâncias eram encaminhadas para serviços de dependência. Os recém-nascidos expostos a opióides poderiam precisar de estadias mais longas no hospital, especialmente se eles estivessem sofrendo e necessitassem de cuidados farmacológicos.

Os hospitais de Cincinnati utilizaram imunoensaios de urina para fazer triagem inicial, seguida por espectrometria de massa para validar os resultados, informou Wexelblatt.

Nos EUA os processos de rastreio também passam a ser estender pelo restante dos estados norte-americanos. Muitos especialistas dão preferência para a triagem universal em contrapartida da triagem baseada em risco, pois desse modo é possível ter um padrão de abordagem sem sofrer com resultados falso-positivo provindos do teste padrão de urina.

“O exame de droga na urina pode ser uma ferramenta útil. No entanto, por causa da importância do consentimento do paciente e dos falsos-positivos, é importante que haja processos de consentimento e adequação, bem como resultados confirmatórios “, explicou Jessica Young, MD, professor assistente de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Vanderbilt, em Nashville.

Entretanto, apesar do interesse no rastreio universal, não existe suporte para a triagem direcionada, se baseando em considerações de custo e viabilidade. “O rastreio universal é extremamente caro e rendimento do diagnóstico é pobre”, observou Gwen McMillin, PhD, diretor do laboratório de toxicologia e farmacogenética na ARUP Laboratories, em Salt Lake City. Seja lá qual forem os modelos biológicos utilizados, os pesquisadores concordam que a espectrometria de massa é o padrão ouro para confirmar um resultado de rastreio positivo.

 

Fonte: www.aacc.org

Por: Marina Caxias | Texto Aprovado pelo Conselho Científico do Instituto Biomédico – IBAP

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